Sínodo Diocesano

Convocatór​ia da Assembleia Sinodal
Beja, 9 de Novembro de 2013

Depois de durante o ano pastoral de 2013 termos estado a reflectir, a nível paroquial, dos serviços e dos movimentos, sobre a Igreja como foi vista pelo Concílio Vaticano II, confrontando-a com a nossa realidade diocesana, recebemos muitos resumos dessas reflexões, alguns com propostas concretas, outros mais genéricos, para serem considerados na assembleia sinodal, a realizar no próximo dia 9 de Novembro, nas instalações do Centro Pastoral-Seminário de Beja, com o seguinte horário e agenda:


1. 09h30: Oração da manhã
2. Saudação do Bispo e apresentação do método de trabalho do dia pelo Presidente da Comissão Sinodal, Cónego António Domingos e pelo Secretário-geral, padre António Novais
3. 11h30: Celebração da Eucaristia
4. 12h30: Almoço
5. 14h00: Continuação da Assembleia plenária até por volta das 17h00, com alguma pausa pelo meio.

Das mais de 200 páginas com os resumos das reflexões, provenientes de 21 grupos, sendo apenas 4 a nível arciprestal, a saber, de Almodôvar, de Beja, de Cuba e de Moura, o Secretariado Geral do Sínodo e o Bispo formularam algumas prioridades e propostas genéricas, a ser examinadas e votadas na assembleia sinodal.

Peço que cada um as leia, pois são apenas 4 páginas, que junto envio, e, caso tenha algumas sugestões concretas em ordem à sua realização na diocese, que as ponha por escrito e entregue ao Secretariado Geral, mesmo no próprio dia da assembleia, para, eventualmente, serem postas à consideração dos delegados.

Imploro a bênção de Deus para os nossos trabalhos sinodais e a intercessão de Maria Santíssima e dos nossos santos padroeiros, S. José e S. Sezinando. Peço também a vossa oração e participação.

Subscrevo-me com toda a amizade e sempre ao dispor

Beja, 24 de Outubro, solenidade de S. Sizenando, padroeira da cidade de Beja

† António Vitalino,
Bispo de Beja




REFLEXÃO PARA A 1ª ASSEMBLEIA SINODAL

A IGREJA QUE QUEREMOS

As linhas propostas tiveram origem na reflexão sinodal, feita em todas as comunidades cristãs, sobre “A Igreja que queremos ser”, alicerçada em três pilares: “A Igreja, Mistério de Comunhão”, “A Igreja, Povo de Deus” e “Igreja, Estruturas de Comunhão e Corresponsabilidade”.

O processo assentou principalmente na reflexão e debates feitos nas Paróquias. Na reflexão feita, encontramos um forte desejo de unidade, consciência do papel dos leigos na Igreja, vontade de assumir a corresponsabilidade, necessidade de formação geral e permanente, profunda preocupação com as limitações, carências na dimensão social da caridade e desejo de melhor orgânica e sintonia na acção e critérios pastorais.

No que se refere a sugestões e propostas, encontramos uma grande riqueza, reveladora do interesse que estes trabalhos encontraram por parte dos diocesanos. Contudo, encontramos mais aquilo que sonhamos ser do que a proposta de alternativas à acção pastoral actual e tradicional, como modo de apressarmos a hora de alcançarmos resultados mais encorajadores.


Com base nas sugestões elencadas e seu contexto, podemos facilmente concluir que, na verdade, queremos uma Igreja diferente, alicerçada em comunidades dinamizadas pela Fé no Ressuscitado, com a força necessária para se apresentar como discípula e mensageira do Senhor, atenta aos sinais do tempo e sendo um sinal vivo da “compaixão” de Deus para com toda a humanidade e, preferencialmente, face aos mais débeis e necessitados.

Sabemos que, face à realidade quotidiana, é muito difícil pormo-nos de acordo quanto aos caminhos a percorrer na construção das comunidades ideais. Apesar de tudo, necessitamos de ideias, metas claras e apontar para objectivos, para não adormecermos na rotina do superficial que em nada favorece a construção de uma Igreja particular que se proponha ser uma realidade profunda de comunhão e missão evangelizadora. Conscientes de que ainda é necessária uma grande conversão para termos a coragem de abraçar novas experiências pastorais, iluminadas pela Palavra de Deus e pela experiência da Igreja que fez cristãos e construiu comunidades cristãs, propomos, em síntese, algumas metas que, progressivamente, queremos atingir nas diferentes Paróquias, atentos à voz do Espírito:

1 - Formar Paróquias que sejam verdadeiras comunidades de fé, esperança e amor; comunidades de crentes em Jesus Cristo e que se reúnem verdadeiramente para escutar a Palavra de Deus, deixar-se interpelar e comprometer-se no testemunho fiel dessa mesma Palavra.

2 - Paróquias que realizem a comunhão dos diferentes serviços e movimentos e, ao mesmo tempo, que fomentem e fortaleçam pequenos grupos onde se viva e testemunhe a autenticidade do Evangelho.

3 - Paróquias com estruturas de comunhão que facilitem a participação de todos na adequada definição e construção, sempre renovada, da vida da comunidade cristã em todas as suas dimensões.
4- Comunidades que se empenhem fortemente na catequese das crianças e dos adultos e invistam tempo e meios na formação permanente dos agentes responsáveis por este sector onde se pode fortalecer o encontro com Cristo e o compromisso cristão na comunidade.

5 - Comunidades que promovam os pequenos grupos e/ou movimentos apostólicos mais adequados à realidade local e mais propícios ao conhecimento mútuo, ao aprofundamento da fé e reforço da vivência e partilha fraterna.

6 - Comunidades que reflitam, partilhem e renovem constantemente os seus métodos pastorais e utilizem uma linguagem adequada e compreensível aos homens do seu tempo.

7 - Comunidades que apresentem, entre os seus membros e ao mundo, um novo estilo de vida cristã: adulto, corresponsável, alegre e comprometido na fidelidade ao Evangelho e na defesa integral da vida do seu povo.

8 - Comunidades abertas ao diálogo com todos, em particular aos que se situam nas fronteiras da Igreja, à auto-crítica e ao questionar regular das suas estruturas pastorais, para melhor servir a sociedade na vivência das Bem-aventuranças.

9 - Comunidades que realizem uma pastoral realista e clara, à medida do concretizável, tendo em conta os recursos próprios (principalmente humanos) e preferindo a qualidade à quantidade dos seus fiéis, para o que é indispensável a preocupação com a personalização da fé.

10 - Comunidades que surpreendam pelo acolhimento quotidiano, e principalmente à hora da Eucaristia Dominical, vão ao encontro, dinamizadas pela “compaixão pelos cansados e abatidos”, bem como pela nostalgia dos que ainda andam dispersos.

11 - Comunidades que saibam celebrar com simplicidade, naturalidade e fé os Sacramentos, e de um modo especial a Eucaristia, o gozo da nossa fé no Ressuscitado, como modo de sermos sinais de esperança e alegria, num mundo de frustrações, desencanto, aborrecimento e rotina.

12 - Comunidades que cultivem a oração, promovendo o mais diverso tipo de actividades orantes com a comunidade toda e com grupos específicos, sem esquecer o silêncio e a contemplação.

13 - Comunidades que encontrem nos seus pastores pessoas de fé, empenhamento pastoral, dialogantes, próximos das pessoas, acolhedores e disponíveis.

14 - Comunidades onde a família seja tida como verdadeira célula da Igreja, onde se gera, cresce e amadurece a fé cristã.

Num futuro próximo, e talvez ainda durante o presente Sínodo, será desejável chegarmos a propostas que visem novas experiências pastorais, ou até mesmo “opções dolorosas”, de modo a que as celebrações Sacramentais sejam na verdade celebrações não apenas da fé da Igreja mas, antes de mais, celebrações da fé para aqueles que já optaram por Jesus Cristo e a sua Igreja. Se falamos de iniciação cristã, é preciso aumentar a exigência ao mesmo tempo que nos interrogamos sobre “como fazer cristãos” e como “construir a comunidade”.
Neste âmbito, talvez devamos reflectir sobre a nossa Pastoral do Crisma, não a confundindo com a Pastoral dos Jovens. Vai chegando a hora de aproveitarmos a preparação para este Sacramento como a grande oportunidade de, pedagogicamente, fazermos a experiência catecumenal.


I - Introdução
Acabada a primeira série de reflexões sobre a Igreja vista à luz do concílio Vaticano II como mistério de comunhão e de participação corresponsável na missão de contribuir para a unidade do género humano (LG 1), tendo Jesus Cristo e a sua Palavra como o centro dessa unidade e as estruturas de corresponsabilidade como suporte visível e histórico da sua realização, considerando a realidade da nossa Igreja diocesana, com suas luzes e sombras, dos resumos dessas reflexões a nível arciprestal, paroquial, de grupos e movimentos, enviados para o Secretariado do Sínodo, extraímos as seguintes propostas para discussão e votação da assembleia sinodal:

II - PROPOSTAS
1 - Como proposta geral para todas as realidades diocesanas, melhorar o ambiente de acolhimento e de escuta de todas as pessoas e grupos da nossa sociedade, sem aceção de pessoas ou de ideologias, quer a nível diocesano, quer paroquial, local, de movimentos e serviços, etc. Quando se julgar oportuno, realizar cursos de formação sobre relações humanas e de dinâmicas de grupo para os nossos colaboradores, a nível paroquial e diocesano e criar grupos de acolhimento em todas as áreas da vida diocesana e paroquial.
2 - Como proposta específica para as paróquias, criem-se estruturas de corresponsabilidade como previsto no Código de Direito Canónico, especialmente o Conselho Económico Paroquial e o Conselho Pastoral Paroquial, de acordo com as normas publicadas no livro da Legislação Diocesana, reunindo periodicamente e distribuindo as responsabilidades pelos seus membros, de modo que todos se sintam corresponsáveis pelo bem da sua comunidade. As paróquias confiadas a um único pároco ou a uma unidade pastoral podem constituir um conselho pastoral interparoquial.
3 - Realizar Cursos sobre o método e a prática da Lectio Divina, de acordo com o calendário litúrgico e o plano pastoral, a fim de aprofundar o conhecimento da Palavra de Deus e melhorar a participação nas celebrações litúrgicas.
4 - Melhorar os processos de comunicação na diocese, nas paróquias, movimentos e serviços, criando redes de comunicação, a fim de sensibilizar o maior número de diocesanos e interessá-los na corresponsabilidade e colaboração na missão da Igreja diocesana.
Secretariado e Comissão do Sínodo Diocesano de Beja






Reunião da Comissão sinodal

A Comissão sinodal reuniu, em Beja, no dia três de Junho. Tomou conhecimento dos resultados do inquérito feito aos sinodais sobre o trabalho dos grupos sinodais no dia da Assembleia sinodal realizada no do um de Maio.
No âmbito de um Sínodo que quer ir além das fronteiras da Igreja visível, consciente e comprometida com o seu Senhor, projectou um encontro com os responsáveis das instituições que se ocupam do social nos limites da diocese.
Apreciou quatro propostas de Oração das crianças sobre o Sínodo, tendo aprovado a que se apresenta a seguir.
Também aprovou duas invocações pelo Sínodo, destinadas à Oração dos fiéis. Abalizou a realização do Dia Diocesano nos moldes tradicionais e marcou a Assembleia sinodal para o dia nove de Novembro.




Oração das crianças
pelo Sínodo diocesano


Senhor Jesus,
sabemos que Tu sempre nos ouves,
porque és nosso amigo
e queres o nosso bem.
Mas há pessoas que não Te conhecem;
outras sabem pouco de Ti.
Por isso, pedimos-Te pelo nosso Sínodo,
para podermos conhecer-Te cada vez melhor
e para que todos Te conheçam:
em casa, na catequese e na escola.
Queremos ser teus amigos,
e dizer às pessoas
que Tu és o melhor amigo
Ámen

Oração dos Fiéis
Invocações sobre o Sínodo 


O Apóstolo Paulo revela-nos que “Deus quer que todos os homens se salvem e cheguem ao conhecimento da verdade».
Abre, Senhor, a nossa mente e o nosso coração para que, durante o Sínodo, os cristãos da nossa Diocese, guiados pelo teu Espírito, encontrem e proclamem a Jesus Teu Filho, a Verdade que liberta. Oremos



Ou

Senhor Jesus que dissestes, “Onde estiverem dois o três reunidos em meu nome, Eu estou no meio deles” escuta a nossa oração pela Igreja de Beja em Sínodo e torna-a, pela acção do Teu Espírito, numa comunidade que dê testemunho da fé na escuta da Palavra, na celebração da Eucaristia e no amor fraterno.
Oremos


Dia do Padroeiro da diocese de Beja

Dia da 2ª Assembleia Sinodal


Tradicionalmente, no dia de S. José, Operário, Padroeiro da Diocese de Beja, há um Encontro diocesano festivo ou de reflexão. O ano passado, aconteceu a ordenação de 5 diáconos permanentes e de um presbítero. Para este ano foi convocada a 2ª Assembleia sinodal.

Os vários delegados sinodais (efectivos e suplentes), das mais diversas paragens e proveniências, começaram a chegar ao Seminário pelas 10h00 e, após as saudações e ensaios, deu-se início ao Ofício de Laudes, cantado, solene e muito vivido.


A reflexão deste tempo forte de Encontro e do encontro foi o apelo dos nossos Bispos, na última nota pastoral:

“Escuta bem, com toda a atenção, Igreja em Portugal: - Reúne-te à volta de Jesus, aprende a rezar e, com Jesus e como Jesus, vai com alegria e ousadia sempre renovadas à procura e ao encontro dos teus filhos e filhas;

- Reveste-te sem ostentação nem riquezas, mas com humildade e verdade e com a ternura de Jesus Cristo; - Acolhe e vive o Evangelho como uma graça recebida, transmite-o com amor e fidelidade, e não como um produto para publicitar ou para colocar no mercado;

- Põe todo o esmero a preparar e oferecer, com carinho, verdadeiros itinerários de iniciação e de formação cristã para crianças, adolescentes jovens e adultos; - Redobra o teu empenho na preparação dos candidatos ao sacerdócio; - Fica sempre atenta e vigilante e sê persistente em tudo o que diz respeito à formação permanente dos teus sacerdotes; - Reconhece os consagrados pela riqueza dos seus carismas como membros ativos e indispensáveis no crescimento e na ação do Povo de Deus;

- Cuida também da formação dos fiéis leigos, com especial atenção aos mais comprometidos na vida da Igreja e da sociedade, e estimula-os a serem verdadeiros discípulos de Jesus e seus missionários apaixonados e felizes no coração do mundo; - Vela sempre, com afeto maternal, por todos os teus filhos e filhas, e nunca deixes que se transformem em meros funcionários, perdendo o ardor e o primeiro amor.

Maria, Mãe da Igreja e nossa Mãe, Senhora de Fátima, ícone do primado da graça e da oração, do serviço humilde que gera laços de comunhão e de missão, sê nossa companheira nos caminhos que agora nos propomos percorrer para sabermos melhor levar Cristo aos nossos irmãos e os nossos irmãos a Cristo”. (CEP, Fátima, 11 de Abril de 2013).





A experiência dos outros ajuda a descobrir caminhos



Sendo esta Assembleia de reflexão, de informação e de partilha, e com este mote, deu-se início ao testemunho da Dr.ª Paula Rosado, de Montemor-o-Novo. Como leiga e na perspectiva da sua condição de baptizada e de reconvertida, falou-nos do modo “Como olhamos a Igreja 50 anos depois do Concílio Vaticano II e no futuro?” A partir da sua experiência pessoal e do seu saber e amadurecimento da fé, de forma apaixonada e testemunhal, percorreu vários documentos do Vaticano II (Lumen GentiumGaudium et SpesApostolicam Actuositatem - Sobre o Apostolado dos Leigos-, Christus Dominus - Múnus Pastoral dos Bispos - , bem como alguns documentos pós-conciliares, tais como Evangelii Nuntiandi eChristifideles Laici, dando a conhecer os passos que se deram e as portas que se abriram na vivência da vocação e missão dos leigos.

Contrapondo o ontem e o hoje e a doutrina nascida no Concílio ou a partir dele, foi feita uma viagem no tempo e na história, que nos mostra que há muito de novo e muito há ainda a descobrir. O diálogo foi vivo e a troca de experiências pessoais enriqueceu o testemunho de quem fez uma caminhada forte e empenhada a partir do momento em que descobriu o papel do leigo na Igreja.

Após o almoço, o cónego Jorge Guarda, de Leiria-Fátima, que foi o coordenador do Sínodo daquela Diocese, a partir dosite da mesma, foi apontando o caminho percorrido desde o momento da decisão do sínodo (Congresso dos Leigos) até à sua conclusão (1995-2002). O lema “Unidos no caminho da Esperança”, o inquérito com milhares de respostas, a oração, o hino, os diversos temas, as iniciativas para jovens e crianças, a informação, as assembleias intermédias e as exortações episcopais foram formas e meios que deram corpo às quatro fases do Sínodo que geraram iniciativas pastorais para os anos posteriores. Referiu ainda alguns pontos menos conseguidos e momentos menos intensos por razões variadas, sobretudo pelo tempo que durou e consequente mudança ou ausência dos sinodais.


A Eucaristia solene do padroeiro, na Igreja do Seminário, fechou com chave de oiro este dia de caminhada sinodal e eclesial. Foi feito um apelo para que os grupos sinodais terminem os trabalhos de reflexão e os façam chegar aos respectivos arciprestes até ao dia 10 de Junho para que, posteriormente, sejam enviados à Comissão Central e sejam objecto de estudo e síntese.

A próxima Assembleia Sinodal será a 28 de Setembro, último sábado, dia em que, tradicionalmente, se faz o Dia diocesano de início do novo Ano pastoral.



P. Agostinho Sousa, CDM/Beja


Sínodo - A Igreja que queremos ser




Grupos Sinodais em reflexão

O Sínodo da Diocese de Beja, aberto solenemente no passado dia 1 de Dezembro, está a dar os primeiros passos, com a organização dos Grupos Sinodais nas paróquias e com o tempo de reflexão dos temas.

Durante a Quaresma, reuniram-se mais de 120 grupos que se debruçaram sobre o tema: “A Igreja, mistério de Comunhão”. Este primeiro tema, preparado para três encontros, apresenta um caminho a fazer, percorrendo os seguintes tópicos: “Deus Pai quer salvar-nos”, “A missão de Cristo”, “O Espírito santificador e vivificador da Igreja”, “A missão da Igreja”, “Figuras da Igreja”, “ Igreja, Corpo místico de Cristo”, “A Igreja, sociedade visível e espiritual”, “ Um só Espírito, um só baptismo, uma só fé, um só Pão, um só corpo”. Além da exposição doutrinal, o guião apresenta várias questões para o diálogo, sugerindo sempre que sejam elaboradas propostas de acção pastoral para serem apresentadas na assembleia dos animadores de cada arciprestado e, posteriormente, ao Secretariado do Sínodo.

As conclusões deste tema, serão apresentadas na Assembleia Sinodal, no último sábado de Setembro, embora, no dia 1 de Maio, haja uma primeira Assembleia para formação e testemunho, enriquecida com a participação do P. Jorge Guarda, da Diocese de Leiria-Fátima e da Dr.ªPaula Rosado, de Montemor, que partilharão as experiências e vivências das suas dioceses aquando dos respectivos Sínodos.




Participação e corresponsabilidade

O segundo tema “A Igreja, Povo de Deus”segue o mesmo esquema e está pensado apenas para um só encontro. “A Igreja é o novo Povo de Deus”, “Características do Povo de Deus” e “A Igreja, continuadora da missão de Cristo” são os pontos a tratar nesta sessão. A base da reflexão assenta na Constituição dogmática “Lumen Gentium”, de modo particular, nos números 9 a 17. O último tema do guião, proposto para três encontros, apresenta o tema “Igreja, Estruturas de participação e corresponsabilidade”, tendo por base três documentos específicos: Lumen Gentium (A Igreja, mistério de comunhão, Povo de Deus), Apostolicam Actuositatem (Missão dos Leigos na Igreja e no mundo) e Exortação apostólicaChristifideles Laici(Dignidade dos fiéis leigos, sua participação na vida da Igreja, corresponsabilidade na Igreja-Missão, bons administradores da multiforme graça de Deus e formação).

Os temas são muito profundos, com linguagem específica e um pouco difícil de compreender. O diálogo e a síntese das respostas ajudarão a trocar por miúdos os conteúdos apresentados e a descer à realidade vivida para que haja propostas concretas para as paróquias e para a diocese tal como as que os documentos apresentam e apontam.

É um caminho que se está a fazer. Começa lento, ganha ritmo e gera mobilização. O lema “A Verdade te libertará”, lema do Sínodo, ajuda a criar espaços para uma procura mais intensa e uma reflexão mais aprofundada. “A Igreja que queremos ser” torna-se um desafio premente e presente para todos os diocesanos. A reflexão, a oração, o empenho, a disponibilidade e o esforço de tantos homens e mulheres que fazem caminho nos grupos sinodais vai dar rosto missionário à Igreja da diocese de Beja, neste grande, disperso e desafiante campo da missão do Baixo Alentejo e Litoral Alentejano.


P. Agostinho Sousa/CDM

Metodologia do Sínodo Diocesano 
de Beja



1.   Resposta ao mandato do Senhor



Hoje, como na tarde do dia de Páscoa, em que Jesus se apresentou no meio dos seus discípulos e lhes disse: "assim como o Pai me enviou, também eu vos envio a vós” (Jo 20, 21), os sucessores dos Apóstolos, os bispos, continuam a ouvir e a realizar o mandato do Senhor. O anúncio de Jesus como Messias, único salvador, é para todas as pessoas de todos tempos. Deste modo, precisa de ser realizado em cada momento e em cada circunstância da história humana.


A erosão dos dias e a permanente renovação constante do anúncio que Cristo está vivo e quer atrair a si e salvar todas as pessoas.

Assim, o nosso Bispo, sucessor dos Apóstolos, neste momento histórico, convida a sua Igreja a rever-se, para verificar se está pastoralmente organizada de modo a ser luz e fermento nesta comunidade humana na qual está presente.


A todos aqueles que estão disponíveis para colaborar nesta experiência comunitária de renovação cristã e pastoral, ele convoca para caminhar em espírito sinodal, ouvindo o conselho daqueles que constituem a sua Igreja Particular ou Diocese. Com este gesto, tem como objectivo garantir, no tempo presente, a fidelidade da sua Igreja à missão que Cristo lhe confiou.



2.   O que é o Sínodo Diocesano?



O Regulamento que define o modo como se deve desenrolar o Sínodo na nossa diocese diz que se trata de uma “assembleia que, representando a Igreja Diocesana por inteiro, se reúne em nome do Senhor, sob a autoridade do Bispo, a fim de, com ele, colaborar no estudo, reflexão e deliberação sobre vários âmbitos do governo da Diocese, em particular no que se refere à missão fundamental de nela anunciar Jesus Cristo e tornar presente o reino de Deus”.

Em conformidade com esta definição, o nosso Bispo convoca-nos a todos sem excepção para, em comunhão com ele, entrarmos num processo, num caminho longo d renovação da vida cristã na Diocese. O Sínodo será, portanto, um tempo em que todos somos chamados para, em oração e estudo, darmos ao nosso Bispo a Colaboração de que ele sente necessidade, para uma organização eficaz e um anúncio adequado de Jesus Cristo às pessoas que, neste tempo particular, vivem na diocese de Beja.



3.   Metodologia



O Sínodo vai desenrolar-se em vários planos:

a) Nas comunidades paroquiais onde os grupos realizam a sua actividade, entregando-se à oração e ao estudo dos temas que lhe vão ser propostos;

b) Ao nível arciprestal onde se estima que se realize, periodicamente, a assembleia constituída por todos os grupos de trabalho das paróquias;

c) Em Assembleia Sinodal diocesana, previamente selecionada, onde os sinodais trabalham sobre a síntese das sínteses vindas das assembleias arciprestais e votam os documentos finais.



3.1.      Grupos sinodais




As comunidades cristãs paroquiais ou inter-paroquiais, em resposta ao convite do Bispo, organizam-se em grupos de pessoas que se manifestam disponíveis para colaborar na renovação da Igreja diocesana, segundo o espírito de Jesus Cristo. Os grupos devem obedecer aos seguintes perfil e critérios:

a)   Os grupos constituem-se numa base de 5 a 15 pessoas. Menos ou mais condiciona bastante e empobrece o diálogo e a participação de todos os seus elementos.

b)   b) Cada grupo paroquial ou inter-paroquial poderá constituir-se a partir de actividades pastorais já existentes na (s) paróquia (s) como, por exemplo evangelização (catequistas, grupos bíblicos ou assembleias familiares, lectio divina, etc.); liturgia (ministros extraordinários da comunhão, acólitos, leitores, salmistas); acção sócio-caritativa (direção e funcionários do Centro Social, grupo Cáritas, Conferência de São Vicente de Paulo, etc.); movimentos (Mensagem de Fátima, Apostolado da Oração, Carismáticos, etc.); movimentos de jovens (Grupo paroquial, Escuteiros, Jovens Shema, etc.). Não sendo possível esta organização, opta-se pela forma mais adequada a cada situação.

c)   Cada grupo terá um Animador cuja função essencial é propor dinâmicas de participação de todas as pessoas. Além disso, haverá também um Relator ou Secretário que tomará nota das conclusões a que chega o grupo.

Sempre que em cada comunidade paroquial ou inter-paroquial haja mais do que um grupo, deverá haver um pequeno Secretariado que faça as sínteses de todos os grupos. Estas sínteses, uma vez aprovadas pelos grupos são enviadas à Assembleia arciprestal. Esta cria um pequeno grupo de pessoas que faz a síntese de todos os grupos paroquiais ou inter-paroquiais, submete-a à Assembleia arciprestal, constituída pelo Animador e Relator de cada grupo, que, por sua vez, a envia ao Secretariado do Sínodo.

d)   Como refere o nosso regulamento, o Secretariado do Sínodo com base

     nas reflexões e propostas recebidas, elabora um documento que envia à

Assembleia sinodal a fim de ser estudado e, finalmente, votado. Aqui chegados, o resultado é entregue ao Bispo para, se estiver de acordo, o aprovar e dar-lhe o seguimento regularmente.



3.2.      Reunião do Grupo Sinodal



O Grupo Sinodal é o elemento base e determinante de toda esta experiência que é fazer caminho em busca de uma Igreja paroquial e diocesana segundo o espírito de Cristo, através do contributo de todos. Deste modo, a riqueza da Assembleia Sinodal será o resultado do contributo dos cristãos que constituem o Grupo Sinodal.

O elemento fundamental do Grupo é o Pároco, primeiro responsável da comunidade cristã e, por isso mesmo, também na caminhada sinodal. A ele compete o acompanhamento permanente e o apoio conveniente na preparação da reunião do Grupo Sinodal.



A reunião do Grupo Sinodal, para ser frutuosa deve ser:



- Bem preparada por todos os seus membros, em especial o Animador e o Secretário ou Relator;

- Num clima de alegria cristã, de comunhão eclesial, de boas relações pessoais e de respeito pela opinião de cada um;

- Participada, ativa, livre, consciente, com o empenho de cada um;

- Marcada pela pontualidade para o seu início e o seu termo;

- Com a duração de uma hora aproximadamente.



3.3.      Percurso de cada reunião



1.º - Acolhimento num espaço agradável

2.º - Oração

3.º - Reflexão sobre o tema

4.º - Elaboração de propostas de acção pastoral a partir das perguntas propostas sobre o tema

5.º - Recitação da Oração do Sínodo ou cântico do Hino



3.4.      O que se pede ao Grupo Sinodal



- Que reflita sobre os temas propostos

- Que faça uma breve síntese da sua reflexão, recolhendo todos os elementos e sensibilidades que emergiram na reunião

- Que elabore propostas de acção pastoral para a diocese, relativas ao assunto em estudo

- Que envie a síntese e as propostas ao Secretariado

Beja, Fevereiro de 2013

Comissão Sinodal

Sínodo em marcha



Mensagem do Bispo de Beja



Caríssimos colaboradores,

membros do Sínodo diocesano de Beja,



Escrevo-vos esta breve mensagem de apresentação do primeiro tema que a Comissão sinodal propõe para o nosso estudo.

Tendo em conta o elenco de temas resultantes de várias reuniões e consultas da Comissão preparatória, julgou-se oportuno começar o trabalho sinodal com a reflexão sobre a identidade, missão e organização da Igreja, à luz dos documentos emanados do concílio Vaticano II, cujo cinquentenário estamos a celebrar, e do sentido comum da fé do nosso povo, com uma sensibilidade cultural e religiosa específicas, bastante diferentes de outras regiões.




Sendo a Igreja, em Cristo, como que o sacramento, ou sinal e o instrumento da íntima união com Deus e da unidade de todo o género humano (LG n.º1), vamos tentar avaliar como estamos a viver e construir essa comunhão e unidade, de modo que o mundo busque e descubra a fonte da salvação. Vede como eles se amam, dizia-se dos primeiros cristãos.Eram assíduos ao ensino dos apóstolos, que davam testemunho de Jesus, à oração, á celebração do memorial de Cristo, a Eucaristia e à comunhão e partilha fraterna, de modo que ninguém entre eles passava necessidade, lemos nos Atos dos Apóstolos (2, 42 ss e 4, 33 ss).



Os subsídios para ajudar a nossa reflexão e elaborar os nossos contributos serão, para além da Palavra da Escritura, a oração e o diálogo, os três primeiros capítulos da Constituição sobre a Igreja, emanada do concílio Vaticano II, assim como o Decreto sobre o Apostolado dos Leigos, do mesmo concílio e a Exortação Apostólica sobre os Fiéis Leigos (Christifideles Laici, de 1988). Recomendo também a leitura de outra Exortação sinodal sobre a Igreja na Europa, de 2003, e os trabalhos do último sínodo dos bispos sobre anova evangelização para a transmissão da fé cristã. Mas o mais importante será o contributo emanado dos nossos diálogos em pequenos grupos, para tentar responder às questões formuladas pela Comissão sinodal e outras que, á volta deste primeiro tema, possam surgir.



Para que a segunda assembleia sinodal, marcada para 1 de Maio de 2013, possa ser bem preparada e frutuosa, pede-se para que os encontro a nível local se comecem a realizar quanto antes, de modo que os contributos dos grupos cheguem ao Secretariado-geral do Sínodo até fim de Março, ou seja, até à Páscoa, que este ano se celebra a 31 de Março. Estes encontros de reflexão serão uma boa maneira de viver a Quaresma e preparar a nossa Páscoa.

Beja, Janeiro de 2013,

+ António Vitalino

Bispo de Beja

Ao ritmo do Ano da Fé

Hino do Sínodo Diocesano
Com letra minha e composição do P. Cartageno, o Hino do Sínodo Diocesano irá legendar, celebrar e pôr festa no trabalho de renovação da Igreja que está no Baixo Alentejo, nos futuros trabalhos sinodais.
A Comissão Preparatória do Sínodo escolheu como sua ideia força, “a Verdade te libertará”, tirada do seguinte contexto: ”Se permanecerdes na minha palavra, sereis verdadeiramente Meus discípulos, conhecereis a verdade e a verdade vos libertará” (Jo.8,31b32). A Comissão referida concluiu que colocada no singular tinha um maior poder interpelativo. A Verdade revelada, a expressão da Vida divina, é Jesus que disse: “Eu sou o caminho a verdade e a vida. Ninguém vai ao Pai senão por Mim” (Jo.14, 6). A expressão, “Acredita em Mim e serás salvo, de sabor Paulino, acentua a dimensão do Ano da Fé, há pouco começado. O resto da letra retoma a novidade do mandato de Jesus, o despojamento dos enviados, evoca a protecção de Nossa Senhora e de S. José, Padroeiro da nossa Diocese e diz em que consiste o Sínodo. A letra é como segue:

Refrão
A Verdade te libertará, pois a Verdade é Jesus.
Permanece na Sua palavra. Acredita em Jesus e serás salvo!
Abre o teu coração ao Senhor: a Verdade te libertará. (cfr. Jo. 8,32)

1. A Verdade te liberta, te conforta e te conduz:
A Verdade é rota certa, a Verdade é só Jesus.

2. Somos crentes, somos livres, pois Jesus nos libertou;
Libertou-nos do pecado e da morte triunfou.

3. Percorrei o Alentejo, sem alforge nem bordão;
Semeai nele a Palavra, que é semente de perdão.

4. Ide como testemunhas, como sal fermento e luz;
Levai aos pobres a esp‘rança, o amor novo de Jesus

5. O caminho sinodal, seja para todo o povo,
Pentecostes criador, com novas línguas de fogo.

6. Este tempo sinodal, é convite à conversão;
É anúncio do Evangelho, a viver em comunhão

7. Peregrinos na esperança, com Maria e S. José
Caminhamos na Verdade, proclamando a nossa fé

8. Nossa Senhora é Mãe, Mãe da Verdade e da Luz;
É celeste companheira, no caminho p´ra Jesus.

Anúncio, convocatória, início
O nosso Bispo, na Missa Crismal de Quarta-feira Santa, anunciou a realização dum Sínodo diocesano, tendo nomeado a Comissão Preparatória, que elaborou o seu regulamento, compôs uma oração, escolheu um nome e elencou um conjunto de questões, que julgou importantes para serem tratadas durante o Sínodo.
No 30º Dia Diocesano, a 29 de Setembro, foi convocado o Sínodo através dum Decreto e foi explicado aos participantes o sentido e a importância de um sínodo diocesano.
A primeira assembleia sinodal vai ser no próximo dia 1 de Dezembro que decorrerá no Centro Pastoral-Seminário e Missa do Espírito Santo na Sé durante a qual os membros sinodais farão o compromisso de fidelidade.
António Aparício
In “Notícias de Beja”, de 28NOV2012

SÍNODO DIOCESANO 
- Circular ao Clero de Beja



Na semana de 26 a 30 de Novembro realizam-se as reuniões arciprestais, as primeiras depois do Dia Diocesano e da convocatória do Sínodo, que vai começar no dia 1 de Dezembro com o compromisso dos membros sinodais.Tendo isso em conta e também o Ano da Fé que estamos a celebrar, venho pedir a oração de todos os diocesanos, especialmente no último domingo do ano litúrgico, na solenidade de Cristo, Rei do Universo e no primeiro Domingo do Advento.



Peço também para que as reuniões arciprestais sejam bem preparadas e participadas, tendo em conta o plano pastoral, todo ele sobre a fé, e também o nosso sínodo, de modo a poder dar sugestões pastorais para que seja um acontecimento de graça e uma boa nova para o povo alentejano.



Programa e método

Embora seja a Comissão sinodal nomeada a principal interlocutora da diocese para o bom andamento do sínodo, no entanto todos nos devemos sentir corresponsáveis. Os membros sinodais, de acordo com o regulamento, já receberam a carta de nomeação e a convocatória para o dia 1 de Dezembro, 10,00 horas, no Centro Pastoral de Beja, Seminário Diocesano. Pelas 11,40 horas sairemos em procissão da igreja de Santa Maria, caso não chova, para a Sé, onde terá lugar a Eucaristia do Divino Espírito Santo com o juramento dos sinodais. Esta primeira assembleia termina com o almoço, no Seminário.



A metodologia do trabalho sinodal, para além do que está previsto no Regulamento, será definida pela Comissão. Mas sugiro que as diferentes temáticas sejam trabalhadas pelos delegados a nível arciprestal, eventualmente com a participação de algum membro da Comissão. O arcipreste deverá ter isso em conta e coordenar os encontros, enviando depois os resultados para o Secretariado Geral do Sínodo e para a Comissão, a fim de ser preparada uma proposta de documento, a ser novamente enviado aos delegados dos arciprestados, para eventuais sugestões de melhoramentos. Assim evitaremos as frequentes deslocações e prepararemos, do melhor modo possível, as assembleias sinodais. A segunda assembleia está prevista para o dia 1 de Maio, a não ser que a Comissão Sinodal sugira alguma outra assembleia extraordinária.



Comissão e Secretariado



Para quem não é membro sinodal e não recebeu a carta de nomeação, menciono a seguir os membros da Comissão e do Secretariado nomeados.A Comissão é composta pelo Cónego António Domingos Pereira, como coordenador e por Pe. Manuel António Guerreiro do Rosário, Pe. Pedro Bravo Pereira da Silva O. Carm., Maria Teresa de Bragança Van Uden Chaves, José Venâncio Vicente Quirino e Irmã Helena do Carmo Godinho Lampreia.



O Secretariado Geral, de acordo com o capítulo V do Regulamento, será composto pelos seguintes elementos: Pe. António Novais Pereira, como Secretário-Geral, Pe. José Maria Afonso Coelho, como Secretário Adjunto, Irmão Domingos Manuel Madeira Bragadesto, como Assessor para a Comunicação, Maria Clara Palma e Jorge Miguel Raposo Mata.



Sugiro que a Comissão reúna ainda antes do dia 1 de Dezembro para definir a metodologia do trabalho, de modo a propô-la aos sinodais no dia 1 de Dezembro, se possível por escrito. Junto envio também uma proposta de temas, elaborada pelo Padre António Novais, que tenta organizar as diferentes temáticas refletidas pela Comissão Preparatória, para que possa servir de inspiração a outras sugestões.



Agradecendo a oração, reflexão e colaboração, imploro a bênção de Deus e a protecção de Nossa Senhora e de S. José para todos os colaboradores na missão da Igreja diocesana.


 Beja, 17 de Novembro de 2012,

† António Vitalino, Bispo de Beja






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Sínodo: O que é



Desde há algum tempo, fala-se de ‘Sínodo’ na nossa diocese. Uma comissão está a preparar o Sínodo diocesano. Nas reuniões (Arciprestado, Conselhos Presbiteral e Pastoral) têm-se prestado esclarecimentos sobre o assunto.
Será que o tema já lhe chegou aos ouvidos de todos? É preciso que lhe toque também o coração.

‘Sínodo’ é uma palavra pouco habitual.
Por isso, não admira que muitos desconheçam a realidade que esta palavra traduz. ‘Sínodo’ tem origem grega, e é composta de dois elementos: Sun (com) e odon (caminho). ‘Sínodo’ significa, pois, caminho com, ou seja, caminhar com alguém, caminhar com outros, pôr-se a caminho, juntar-se a outros. Quem se põe a caminho, tem em vista uma meta, um objectivo, uma finalidade. Quem caminha com outro ou com outros fala e escuta, ajuda e é ajudado, constrói união e, mais ainda, faz comunhão, durante a caminhada.

A Igreja, na sua linguagem, assume este sentido etimológico da palavra ‘Sínodo’, para designar uma assembleia de fiéis cristãos, com uma ou várias metas específicas. Por isso, falamos em ‘caminhada sinodal’. Os cristãos reunidos em Sínodo querem: caminhar juntos, como membros da Igreja; dialogar juntos, as questões que dizem respeito à vida e à missão da sua Igreja (anúncio da Palavra de Deus, celebração da fé, testemunho da vida da fé, governo); aprofundar aspectos da fé que devem viver e testemunhar; responder juntos aos desafios que lhe são postos, no âmbito da sua vida e missão, em cada época.

O que é então o Sínodo diocesano?
É uma assembleia ou reunião de sacerdotes e de outros fiéis, no quadro de uma Igreja particular ou diocese. Unidos e reunidos à volta do seu bispo, sacerdotes e outros fiéis (diáconos, pessoas consagradas, sejam religiosos ou religiosas, sejam leigos consagrados, e outros fiéis leigos) procuram: analisar os problemas da vida e da missão da Igreja diocesana; identificar os desafios que deve enfrentar para realizar a sua missão; propor caminhos de actuação, novos ou renovados, no quadro da vida e missão da Igreja diocesana. Assim se faz e exercita a comunhão, para serem mais Igreja, assim se faz e exercita a corresponsabilidade, para responderem aos desafios.

Tudo isto há-de ser levado a cabo, para o bem do todo que é a Igreja diocesana, assim unida, reunida e em comunhão. Todos os fiéis cristãos que ousam fazer ‘caminhada sinodal’, isto é, participar no Sínodo – e são propostas várias maneiras de participação, durante a caminhada – hão-de fazê-lo com o sentido de fidelidade ao seguimento de Cristo, de fidelidade ao Evangelho, de Cristo, de fidelidade ao Espírito Santo que conduz a Igreja no seu todo, de fidelidade ao Magistério da mesma Igreja, de fidelidade à missão da Igreja no mundo.

Para que serve o Sínodo diocesano?
O texto acima já o deixa perceber. Explicitando mais, o Sínodo diocesano há-de servir:
1. Para auxiliar o bispo diocesano no desempenho da sua missão específica. O bispo associa os outros fiéis cristãos, sacerdotes, diáconos, religiosos, leigos, ao seu ministério próprio, corresponsabilizando-os na vida e na missão da Igreja diocesana.
2. Para assumir os desafios pastorais que as pessoas do nosso tempo e a nossa sociedade colocam a esta Igreja diocesana.
3. Para propor caminhos novos ou renovados, a serem percorridos, no quadro da vida e da missão da Igreja diocesana.
4. Para fortalecer a consciência do que é a Igreja diocesana, no desígnio de Deus.

Pe. Bonifácio Bernardo, sacerdote da diocese de Portalegre-Castelo Branco
e Coordenador da Comissão Sinodal



Bispo anuncia primeiro sínodo diocesano


Convocação oficial vai ser a 29 de Setembro
O bispo de Beja, D. António Vitalino, anunciou que vai constituir a primeira Assembleia Sinodal da diocese no dia 29 de Setembro, iniciativa que tem estado a ser planeada “nas últimas semanas”.
“A 29 de Setembro, na celebração do habitual dia diocesano, queremos convocar oficialmente o nosso primeiro sínodo”, revela o prelado na nota semanal, enviada à Agência ECCLESIA.

Depois de sublinhar que “há muito a pensar e preparar” até à data de abertura do sínodo, D. António Vitalino acentua que os católicos têm de estar “bem atentos aos sinais dos tempos e ao Evangelho”. O responsável frisa que a diocese alentejana, sediada 180 km a sudeste de Lisboa, é chamada a “ouvir bem os apelos de um mundo em crise, à procura de soluções, que não são apenas de ordem financeira e económica”, e ao mesmo tempo discernir o que pode ajudar a Igreja a cumprir a sua missão.

A assembleia, que tem estado a ser preparada com “vários encontros a nível arciprestal e diocesano”, pretende provocar a “dinamização dos cristãos, nas paróquias, nos serviços e nos movimentos eclesiais”, aproveitando as “energias” suscitadas pela fé. A nota apela aos fiéis para serem “cidadãos intervenientes na sociedade actual, em ordem à realização espiritual e plena das pessoas”, e pede-lhes sugestões e colaboração “para melhorar a vida e missão dos cristãos e das instituições eclesiais” da diocese.

A comissão preparatória do sínodo é formada por sete pessoas, referiu D. António Vitalino em texto publicado no mês de Maio na página da diocese, onde também pedia a “todos os cristãos da diocese” que rezassem pela assembleia.

Os sínodos diocesanos, que decorrem atualmente em Viseu e Portalegre-Castelo Branco, são assembleias consultivas destinadas a discutir questões importantes das Igrejas particulares. De acordo com o Código de Direito Canónico (CDC), devem ser convocados pelo bispo quando “as circunstâncias o aconselharem”, depois de ouvido o Conselho Presbiteral, órgão constituído por representantes dos padres.

As sessões sinodais são presididas pelo bispo, que pode delegar o vigário geral ou episcopal para esse ofício. Ainda segundo o CDC, o sínodo é composto pelos vigários diocesanos, cónegos (quando existam), membros do conselho presbiteral, reitor do Seminário Maior, padres responsáveis e membros dos arciprestados, superiores de congregações religiosas e leigos “a eleger pelo conselho pastoral” das paróquias.

O bispo pode também convidar outras pessoas, incluindo membros de Igrejas ou comunidades eclesiais que não estão em plena comunhão com a Igreja Católica, os quais participam com o estatuto de “observadores”. As decisões sinodais só podem ser publicadas com a autorização do prelado diocesano.

02 Julho 2012 - Ecclesia

ORAÇÃO
PELO SÍNODO DIOCESANO


Senhor Jesus,
mestre e guia da Igreja,
fonte de comunhão e da missão:
renovai entre nós os prodígios do Pentecostes.
Tornai-nos dóceis à voz do Espírito
e disponíveis para vencer os obstáculos,
abertos à conversão pessoal e comunitária,
e a uma verdadeira renovação pastoral.
Fazei de nós uma Igreja de comunhão
em permanente estado de missão.
Fazei com que as comunidades cristãs,
edificadas pela Vossa Palavra
e fortalecidas pela Eucaristia,
se tornem um só coração e uma só alma,
atentas às angústias e às esperanças
dos que vivem nesta terra alentejana.
Ó Senhor,
nós Vos louvamos e agradecemos
pela nossa Igreja diocesana.
Para que o caminho sinodal
seja uma ocasião de resposta ao Vosso amor,
nós nos confiamos
à intercessão da Santíssima Virgem Maria,
de São José, padroeiro da nossa Diocese,
e  de São Sisenando, patrono da cidade de Beja
e a todos os santos e santas
padroeiros das paróquias e comunidades.
Amen.